Toulouse-se
Memórias de Toulouse.
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10/31/20232 min read


Hoje começo de forma diferente. Decidi iniciar falando da imagem em vez do texto.
Ao lado, você pode ver uma foto da Basílica de Saint-Sernin de Toulouse, uma igreja do final do século XI. Toulouse, Balma, Montauban, Rabastan e a Occitânia como um todo me trazem uma sensação de tanta nostalgia. Desde o trem de Paris a Toulouse, os voos na conexão Toulouse-Istambul e na minha primeira viagem Andorra-Toulouse.
Toulouse foi também um dos lugares onde quase morri, tanto de emoções quanto de um possível atentado. Logo quando retornei pela quarta e última vez, houve uma ameaça de bomba na estação de trem, Gare Routière de Toulouse. Toda a estação chegou a ser evacuada e nosso trem teve um atraso para chegar a Toulouse devido a esse alerta.
Mas falando mais sobre a nostalgia, palavra que representa uma sensação de tristeza quando se pensa na felicidade do passado. Mas qual passado?
Nostalgia, uma palavra que sempre me faz lembrar de um colega de handebol quando eu ainda treinava há 10 anos. Para ele, nostalgia era uma lembrança de algo bom.
Estive em Toulouse apenas quatro vezes. Cada vez, acumulei tantas memórias, aprendizados e descobertas. Uma delas se resume a uma mistura de bossa nova do Brasil com um leve toque franco-inglês na voz de Melody Gardot e Antonio Zambujo:
C'est magnifique
Magnifique Mmm...
Eu estava lá
Eu estava lá
Eu estava lá
Só você não viu
Meu sol cair no mar.
Essa é uma música simples, mas com uma leveza e uma líricidade trilíngue intocáveis. Ela é realmente magnífica. Eu a coloco em replay incessante enquanto escrevo sobre essas memórias.
E sobre Toulouse, um lugar nostálgico que, para mim, tem ainda a melhor torta cítrica do mundo. Que combinação. Com todo aquele sabor nostálgico, mas cítrico. Uma mistura, uma mescla de felicidade e também de desafios, angústia e muita nostalgia.
Mas que nostalgia boa. Isso me dá uma energia só de pensar. Não em voltar, não se volta ao passado. Mas me faz pensar muito em como viajar traz uma riqueza de experiências que jamais pensei em imaginar. Melody e Antonio me fazem refletir que a vida é magnífica ontem, hoje e amanhã. Devemos viver antes que nossos sóis caiam no mar. E se eles cairem novamente, ainda sim viveremos.
